domingo, 14 de fevereiro de 2010

Amantes

O local era quente, luz baixa, nenhum som. E os braços se entrelaçaram, um suave sussurro, um suspiro de prazer e olhos marcantes. Nada poderia romper o silêncio, a não ser o suave som das bocas que se encostavam calmamente. As carícias se tornavam ofegantes, os toques que percorriam os corpos provocavam calafrios, a pele, uma diferente da outra, provocava um certo atrito eloqüente, envolvente, provocador. O silêncio já não mais importava, o calor da noite já nem era sentido, apenas o que se via eram dois corpos, um se debatendo contra o outro na sombra daquela arvore ao sul da cidade. Era um debate de alma, um debate de amor, era uma batalha de prazer, ambos jorrando tudo o que tinha de melhor e melódico contra o outro. Não tinha nada ali que pudesse faze-los parar, nada faria com que eles deixassem de se amar. Os beijos eram fortes, os toques suaves e uma ânsia de explodir em prazer. Logo amanheceria e a luz do sol revelaria a nudez dos dois. Era intrínseco as carícias e beijos, foi estrondoso o estremecer do fim, eles se amaram, se foram e o sol já havia nascido.

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