terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Duas da manhã

Duas da manhã, e eu ainda acordado escrevendo, se eu puser tudo o que sinto aqui, não estará mais dentro de mim ameaçando a vida a qual pertenço, me sinto nú diante da multidão, porque essas palavras são meu diário gritando bem alto e eu sei que você vai usá-las como quiser. Entretanto, posso me expressar aqui e nem ao menos me notarem, como tem sido até hoje, erro propositalmente tentando chamar atenção, mas não, estão ocupados demais se amando ou talvez apenas saboreando um bolo de chocolate. Vou até a janela, olho pra rua deserta, nem ao menos um carro para iluminar aquela poça de água para eu poder me ver refletido nela, bobagem, pois não tenho imagem. Não tenho estado sóbrio desde o verão passado, quando resolvi ter alguém em meu coração, sofro, me acabo em lágrimas desde então. Mas você não vai querer saber disso, sou eu e meu texto, duas da manhã e não estou nada sóbrio.

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