quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Morro

Você me teve nas mãos, mas me amassou como um rascunho e me jogou no lixo próximo a tua mesa. Você me fez ver algo bom, algo que eu não sabia existir e no momento seguinte me deixou sem chão, sem alma. Eu só queria que você não me fizesse rir, queria que me deixasse te esquecer, queria poder não existir em sua presença. E quando peço isso balbucio palavras ásperas, me desprezo, me faço um lixo, porque te glorifico, te faço um Deus. Em meados de novembro tudo ficou mais nítido, mas óbvio, mas fétido, ficou claro que não sou bom o suficiente para reverter a situação. Então, apenas escrevo, escrevo esperando pelo meu momento final, por meu último suspiro, por minha ultima lágrima. Morro por você.

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