segunda-feira, 26 de abril de 2010

As pessoas apenas olham, não sentem realmente o que é (...)

Estávamos falando da emoção de cada coisa, de como era sentir e não somente olhar. ela citou o exemplo que dias antes havia vivido; passava em frente ao zoológico e viu um muro, depois a jaula e o leão dentro dela, como era irreal imaginar aquilo, um muro, uma jaula e um leão, apenas um muro e uma jaula a separava do rei da selva, apenas duas coisas engaiolavam o leão. As pessoas apenas olham, não sentem realmente o que é, não percebem a grandiosidade das coisas que nos cercam. Tente se ver, já parou pra pensar, já olhou para seu corpo, seus membros se movendo, mas tente fazer isso com a emoção, sem colocar física, química, anatomia ou qualquer outro tipo de estudo, tente ver com a emoção, e então você percebe o quão absurdo é, o quão estranho é, ver tudo se mexer, não é grandioso? Um avião no ar, aquele gigante de metal voando, não é absurdo? um morto no cemitério, um gato atropelado, um humano esfaqueado, um tapa na cara, um soluço, um espirro, a chuva, o sol lá longe e mesmo assim o calor aqui perto e tantas outras coisas. Estou falando sobre a constante frieza que o ser humano passou a viver, sobre ser mecânico, sobre passar por coisas realmente belas, coisas realmente que deveriam ser vistas por outro ângulo, mas que são apenas ignoradas por um olhar pouco crítico e frio. Portanto, aos olhos de quem sente, para quem tem emoção, não é apenas o muro, a grade e o leão!

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